
A Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS) conclui o ano de 2025 com um balanço altamente positivo das ações empreendidas pela sua Diretoria de Artesanato, Moda e Design. O período foi marcado por um intenso trabalho de formação profissional, valorização das ricas tradições regionais e uma significativa expansão dos canais de comercialização, consolidando o artesanato como um pilar fundamental para a identidade cultural e a geração de renda no estado.
Entre os momentos mais relevantes do ano, destacam-se a execução das oficinas do projeto Artesania, que alcançaram diversos municípios do interior, a tradicional celebração da Semana do Artesão e a inauguração estratégica da Casa do Artesão no Bioparque Pantanal. Essas iniciativas, em conjunto, criaram um ciclo virtuoso que engloba desde a capacitação dos talentos locais até a efetiva comercialização de suas produções artísticas.
Um marco simbólico de 2025 foi a abertura da filial da Casa do Artesão, instalada no Bioparque Pantanal em março. Situado em um dos pontos turísticos de maior visitação em Mato Grosso do Sul, o novo espaço foi concebido para expor e comercializar produtos de artesãos cadastrados, proporcionando uma ponte direta entre o trabalho manual e o grande público, e, assim, ampliando substancialmente as oportunidades de negócio e reconhecimento.
As vendas no local apresentaram um crescimento constante, mês a mês, alcançando uma média mensal de 35 mil reais. Esses recursos financeiros não apenas incrementam a renda dos artesãos envolvidos, mas também permitem que as peças, repletas da essência sul-mato-grossense, viajem por todo o país e até mesmo para o exterior, levadas por turistas que visitam o Bioparque. A loja, que ocupa uma área de 12 metros quadrados no hall de entrada, funciona de terça a sábado, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30, e nos feriados, das 8h30 às 14h30.
Ao longo de 2025, o inovador projeto Artesania desempenhou um papel crucial ao levar conhecimento técnico e estímulo criativo a dezenas de comunidades espalhadas pelo interior do estado. Por meio de oficinas gratuitas e qualificadas, abrangendo técnicas como macramê, cerâmica, biojoias, bordado, amigurumi e trabalhos com sementes e fibras naturais, tanto artesãos iniciantes quanto os mais experientes tiveram acesso a uma formação especializada e acessível.
As capacitações foram desenvolvidas para aprimorar as habilidades manuais, mas também para fomentar a autonomia, fortalecer a autoestima e incutir uma visão empreendedora nos participantes. Com um foco estratégico no uso de matérias-primas regionais e no resgate de saberes tradicionais, o projeto contribuiu decisivamente para o fortalecimento das identidades locais e para a criação de novas e sustentáveis fontes de renda, beneficiando especialmente mulheres e comunidades em situação de vulnerabilidade social.
“Dividimos o projeto em três etapas: oficinas técnicas, de design e de gestão. A Fundação de Cultura primeiro faz o levantamento de matéria-prima, qual a vocação local, para depois levarmos as oficinas. Tivemos um grande número de capacitações, várias pessoas se realizando dentro do artesanato, ampliando seu conhecimento da área e consequentemente, de renda”, explicou Katienka Klain, diretora de Artesanato, Moda e Design da FCMS.
A diretora da FCMS, Katienka Klain, enfatizou que o planejamento do Artesania é meticuloso, começando pela pesquisa de matérias-primas e da vocação de cada localidade antes da oferta das oficinas. Esse modelo garante a relevância e o impacto das capacitações, que, segundo ela, têm gerado oportunidades significativas e ampliado a capacidade de geração de renda para muitos indivíduos.
Outro ponto alto no calendário de 2025 foi a realização da Semana do Artesão, que transformou a cidade de Campo Grande em um verdadeiro centro de efervescência criativa sul-mato-grossense. O evento, que contou com uma programação diversificada de feiras, exposições, oficinas interativas abertas ao público e atrações culturais, reuniu artesãos de distintas regiões do estado, além de calorosamente acolher representantes de diversas comunidades indígenas, enriquecendo o intercâmbio cultural.
A Semana do Artesão serviu como uma poderosa vitrine para a rica pluralidade cultural de Mato Grosso do Sul. Peças elaboradas em cerâmica, tecidos, fibras naturais, madeira, sementes e materiais reciclados cativaram o público, fortalecendo a conexão direta entre os produtores e os consumidores. Além disso, a programação foi enriquecida com rodadas de negócios e valiosas orientações técnicas, fruto de parcerias estratégicas com instituições dedicadas ao apoio ao empreendedorismo, facilitando e ampliando o acesso dos artesãos a novos mercados e oportunidades comerciais.